Programa coleta remédios e doa a pacientes do SUS

Aprovada pela Câmara de Vereadores, Farmácia Solidária quer incentivar a doação de medicamentos para repasse a quem precisa

Quase todo mundo já passou pela situação de finalizar um tratamento médico sem ter a necessidade de tomar todos os comprimidos da cartela. Ou mesmo de abrir a última caixa de remédios. O que acaba acontecendo depois é fácil prever: as unidades restantes vão parar no fundo de um armário, perdem a validade e acabam descartadas sem que ninguém as use. Quando se trata de algumas aspirinas, tudo bem. Mas e se forem remédios indicados para casos complicados (leia-se caros) ou não estejam à disposição dos pacientes do SUS? Doá-los seria a opção mais racional.

Foi pensando nesse cenário que a Câmara de Vereadores aprovou um projeto de lei idealizado pelo vereador Diogo Santos (MDB). Aprovado pelo Executivo na forma da Lei 2598 em janeiro do ano passado, ela criou o programa Farmácia Solidária com o objetivo de incentivar a doação de remédios e o posterior repasse aos pacientes atendidos pelas unidades de saúde do município. Na prática, ele oficializa e amplia algo que já ocorria: Diogo Santos soube que algumas pessoas já doavam seus medicamentos excedentes e decidiu tornar a iniciativa política pública – com base também na experiência de outros municípios. “A ideia é justamente reaproveitar esses medicamentos em bom estado, distribuindo para quem precisa”, destaca.

“A lei acabou por formalizar a doação de medicamentos em nível municipal, pois a regra nacional não prevê essa prática”, acrescenta Dievan Bisognin da Silva, responsável pela Assistência Farmacêutica do município e consultor técnico do projeto de lei. O servidor explica que as doações recebidas na Farmácia Central ou nas unidades de saúde dos bairros passam por uma triagem para determinar as condições de uso e ficam à disposição dos pacientes cuja necessidade não possa ser contemplada pelo estoque regulamentar do município.

Dievan não tem um registro preciso de quantos remédios já foram doados, apenas afirma que dispõe de um bom estoque adicional. Para Diogo, na medida em que a prática se consolida, as chances de cobertura do programa só aumentam: “Isso vai beneficiar as pessoas que não conseguem achar os remédios que precisam no estoque do SUS e não têm condições de comprá-los na farmácia”, julga o parlamentar.

Interessados em doar medicamentos para o programa podem entrar em contato com a Farmácia Central pelo telefone (47) 3369.8572 ou se dirigir ao posto de saúde do seu bairro.

Texto: Assessoria Câmara PB